terça-feira, 25 de outubro de 2011
origem da sereia janaina
De onde vem o belo nome "Janaína" que, graças a Leila Diniz e sua famosa gravidez, tornou-se tão comum em meninas brasileiras desde os anos 70? Claro que é um dos nomes dados no Brasil a Iemanjá. E que essa orixá, assim como o seu nome mais tradicional, é certamente de origem ioruba: o nome Yemoja é uma contração de Yeye mo oja, "mãe dos peixes".
Mas "Janaína" não se explica com a mesma facilidade. O dicionário Houaiss registra a valente tentativa da museóloga e folclorista Olga Cacciatore, de explicar esse nome como composição ioruba: iya "mãe" + naa "que" + iyin "honra", mas isso está longe de ser ponto pacífico. A muitos ouvidos, o nome soa indígena, talvez tupi - nos gibis de Maurício de Souza, por exemplo, é nome de uma indiazinha. Mas isso faz ainda menos sentido.
Por surpreendente que pareça, a origem do nome pode ser mesmo portuguesa, nada mais, nada menos - uma modificação ou diminutivo do português "jana", que dá nome, por exemplo, a Ribeira de Janas, que é um distrito de Lisboa e a Janas, vilarejo próximo de Sintra, na Estremadura. Mas o que é uma jana?
Ora, em Portugal e na região espanhola de León, janas são uma espécie de fadas dos rios, semelhantes a sereias, que como suas similares e variantes em muitas outras tradições, tanto podem cativar os homens pela sua beleza e lhes causar a perdição como se deixar seduzir e terem um triste fim. No passado, a palavra também foi usada como sinônimo de bruxa e de fada.
No noroeste da Espanha, nas Astúrias e na Galiza (onde o "x" geralmente corresponde ao "j" português), são chamadas xanas. São descritas como belas mulheres loiras e de olhos azuis, que vivem nos rios das montanhas, fontes e grutas e passam a maior parte do tempo a se pentear com pentes de ouro. São bondosas como os que as ajudam, mas rancorosas e vingativas com os que invadem seus domínios.
Os nomes de xácia ou sácia são também conhecidos na Galiza. Segundo uma lenda da Ribeira Sacra, curso d´água perto de Monforte de Lemos, um pescador encontrou uma xácia, bela e formosíssima e esta lhe disse que, se a batizasse, ela se desencantaria e se casaria com ele. O casamento realizou-se, mas a xácia acabou por aborrecer-se, abandonou o marido e voltou às profundidades do rio, onde seus parentes a despedaçaram por ter-se feito cristã.
Uma variante do nome - ljanas - é dado no vale de Aras, leste da Cantábria (outra região do norte da Espanha) a um ser um tanto diferente: duendes femininas travessas e glutonas, que andam nuas, têm um peito enorme que jogam sobre o ombro direito e entram nas casas para roubar comida e nos apiários para roubar mel. Uma lenda conta que o cura de San Pantaleón quis acabar com elas ateando fogo às grutas onde viviam e elas se vingaram incendiando o povoado, a começar pela casa do vigário.
Meio confundidas com anjos, as janas viram também anjanas na Cantábria, onde uma variante da lenda assegura que são enviadas por Deus para realizar boas obras e que, depois de 400 anos, vão-se embora para não mais voltar. As anjanas foram celebrizadas pelo escritor espanhol Manuel Llano em Mitos y Leyendas de Cantabria, onde são descritas como tendo a aparência de mulheres jovens e belas, de pequena estatura, olhar amoroso e voz doce. Vestem uma túnica branca com uma capa azul, costumam usar coroas de flores e carregam uma varinha mágica que brilha com uma cor diferente a cada dia da semana, indicando as diferentes magias que podem realizar nesses dias. Lutam com seus inimigos, os ojáncanos ou ojancos (literalmente, "olhões"), ciclopes peludos que são os bichos-papões da Cantábria.
Vivem nos riachos, fontes e mananciais, conversam com as águas e os pássaros, passeiam pelos bosques, ajudam animais feridos e árvores partidas. Às vezes, também ajudam amantes, pessoas perdidas na floresta e sofredores em geral. A seguinte parlenda da Cantábria serve para pedir proteção às anjanas e encontrar objetos e animais perdidos:
Anjanuca, anjanuca,
güena y floría,
lucero de alegría,
¿ónde está la mi vacuna?
Esta outra serve para encontrar o caminho que se perdeu:
Anjana blanca,
ten piedad de mi.
Guiame por la oscuridad y la niebla.
Líbrame de los peligros y de los malos pensamientos
Na festa da primavera, se reúnem à meia-noite para dançar nas brenhas e espalhar pétalas de flores que dão sorte a quem as encontrar. Disfarçadas de velhas, as anjanas também testam a caridade do povo e distribuem presentes e castigos segundo seu mérito.
Na Sardenha, também se fala de janas - ou ianas, nas grafias sarda e italiana. As labirínticas sepulturas cavadas nas rochas pelos povos pré-historicos que viveram na ilha antes da conquista romana são conhecidas no folclore local como domus de ianas, ou seja, casas de janas.
Ora, o nome "Jana" é uma corruptela de Diana, a deusa romana da caça e das florestas, assimilada às deusas gregas Ártemis, Hécate e Selene. Seu culto nasceu às margens do lago Nemi, perto de Roma. Ali, seu sacerdote permanecia no posto, com o título de Rex Nemorensis, até ser morto pelo próximo pretendente, usualmente um escravo fugido, que viesse a colher um "ramo dourado" no bosque sagrado. Uma tentativa de explicar esse costume é o fio condutor de um dos mais belos e ambiciosos (mas não dos mais rigorosos) tratados de mitologia já escritos, O Ramo de Ouro, de Sir James George Frazer.
Nos últimos séculos da antiguidade romana, seu culto popular entre escravos e camponeses pobres em áreas remotas, permaneceu como um dos mais resistentes à erradicação pelo cristianismo. Foi um dos últimos a morrer, se é que chegou a desaparecer de todo.
Em História Noturna: decifrando o Sabá, o historiador Carlo Ginzburg refere-se a uma vasta série de confissões de supostas feiticeiras dos séculos X ao XIV e mesmo posteriores que, interrogadas por padres e inquisidores, afirmavam participar em êxtase de vôos noturnos na companhia de uma misteriosa divindade feminina, chamada, conforme a época ou região, de Diana, Fortuna, Richella (de "riqueza"), Abúndia (de "abundância"), Sácia (de "saciar"), Bensozia (Boa Sócia), Perchta (deusa da vegetação na Áustria e sul da Alemanha, protetora das almas dos mortos), ou Huld/Holda/Holle (sua correspondente no norte da Alemanha, protetora das crianças e das tarefas domésticas femininas). Eram sinais de um resistente culto pré-cristão da fertilidade que ele chama de "religião diânica".
Outros possíveis equivalentes, citados por outros autores, são, na Escócia, Nicceven ou Nicheven, de um termo que pode significar "divina" ou "brilhante", no país basco, a senhora Mari ou Andra Mari, a deusa-mãe basca. E na Itália, La Befana (de "Epifania"), uma fada que no folclore italiano traz presentes para as crianças na véspera da festa de Reis, como os reis magos nos países de língua espanhola (ou Papai Noel na parafernália natalina de origem nova-iorquina).
A Igreja, pelo menos, interpretava a todas como referências à deusa romana - ou então a Herodíade, a neta de Herodes, o Grande, que os Evangelhos responsabilizam pela decapitação de São João Batista. Segundo a narrativa, ela teria feito a filha Salomé dançar para o marido Herodes Antipas e seus convidados e em troca pediu a cabeça do profeta. Como a personagem bíblica se misturou com tal cortejo de divindades pagãs? Talvez a origem tenha sido um sincretismo da grega Hera com a romana Diana - Heradiana, interpretada pelos inquisidores como Herodias. Assim, a sedutora princesa judia teria se tornado filha ou companheira da deusa virgem e lésbica. De qualquer forma, segundo teria ouvido o folclorista estadunidense Charles Leland de uma informante chamada Maddalena, uma seita clandestina de feiticeiras da Toscana adorava sua deusa por uma corruptela desse nome. Aradia ou o Evangelho das Feiticeiras, publicado em 1899, tornou-se um dos textos fundadores da Wicca e do neopaganismo moderno.
Voltemos, porém, à Idade Média. Em 1390, um inquisidor milanês mencionou mulheres que haviam confessado a seu predecessor que participava regularmente do "jogo de Diana que chamam Herodíade". Na verdade, segundo as sentenças originais examinadas por Ginzburg, Sibillia e Pierina chamavam o objeto de seu culto de "Madona Oriente". Toda quinta-feira, saíam com Oriente e sua "sociedade".
Oriente as chamava "filhas" e respondia às suas perguntas, predizendo coisas futuras e ocultas. Com base nessas predições, Sibillia respondia às perguntas de muitas pessoas, dando-lhes informações e ensinamentos. Pierina aprendia as utilidades das ervas, remédios para doenças e o modo de encontrar as coisas roubadas e afastar malefícios. Via a Madona Oriente como a senhora de sua "sociedade", assim como Cristo era o senhor do mundo. Sua função era proporcionar mais bens materiais, mais colheitas, mais gado ao povo - que, aliás, venerava Cristo e os santos com o mesmo objetivo.
Às vezes, suas seguidoras matavam bois e comiam a carne destes; depois, recolhiam os ossos e os colocavam dentro das peles dos animais mortos. Então Oriente tocava as peles com a ponta de sua varinha e os bois ressuscitavam - embora não conseguissem mais trabalhar. Essa curiosa narrativa lembra o mito de Dioniso, que foi sacrificado na forma de touro pelos Titãs e devorado - exceto pelo coração, salvo por uma deusa (Atena, Réia ou Deméter) e ressuscitado por Zeus. Lembra também nosso auto do bumba-meu-boi e suas variações regionais (boi-bumbá, boi de Janeiro etc.), que também giram em torno da ressurreição de um touro. Poderão histórias como essa representar pontes entre a Grécia arcaica e o Brasil moderno?
Na Idade Média, a Igreja freqüentemente classificou como culto de Diana ou Herodíade várias aparentes sobrevivências de cultos e superstições pagãs e chamou as "bruxas" que as praticavam de "dianas". Usou a deusa romana e a princesa judia como fio condutor para orientar-se no labirinto das crença locais. Camponeses de várias partes da Europa latina deram-lhes ouvidos, identificando com Diana ou "Jana" tradições locais sobre espíritos femininos de diferentes origens, misturando e reinventando crenças e lendas. Mas nomes alternativos sobreviveram em alguns lugares - como Sácia, transformada em Xácia por dialetos locais.
videos e historias da iara
http://www.youtube.com/watch?v=roIUnWjcLIc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=OGWqEZnFzMc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=UYZ8_dacCvY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xLJ5-mWTouU&feature=related
Também conhecida como a “mãe das águas”, Iara é uma personagem do folclore brasileiro. De acordo com a lenda, de origem indígena, Iara é uma sereia (corpo de mulher da cintura para cima e de peixe da cintura para baixo) morena de cabelos negros e olhos castanhos.
A lenda conta que a linda sereia fica nos rios do norte do país, onde costuma viver. Nas pedras das encostas, costuma atrair os homens com seu belo e irresistível canto. As vítimas costumam seguir Iara até o fundo dos rios, local de onde nunca mais voltam. Os poucos que conseguem voltar acabam ficando loucos em função dos encantamentos da sereia. Neste caso, conta a lenda, somente um ritual realizado por um pajé (chefe religioso indígena, curandeiro) pode livrar o homem do feitiço.
Origem da personagem
Contam os índios da região amazônica que Iara era uma excelente índia guerreira. Os irmãos tinham ciúmes dela, pois o pai a elogiava muito. Certo dia, os irmãos resolveram matar Iara. Porém, ela ouviu o plano e resolveu matar os irmãos, como forma de defesa. Após ter feito isso, Iara fugiu para as matas. Porém, o pai a perseguiu e conseguiu capturá-la. Como punição, Iara foi jogada no rio Solimões (região amazônica). Os peixes que ali estavam a salvaram e, como era noite de lua cheia, ela foi transformada numa linda sereia.
Segundo a lenda, Iara costuma banhar-se nos rios e cantar uma melodia irresistível para o ouvido dos homens, desta forma os homens que a veem não conseguem resistir aos seus desejos e pulam dentro do rio. Ela tem o poder de cegar quem a admira e levar para o fundo do rio qualquer homem que ela desejar se casar. Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos ao entardecer .
VariaçõesLendas são histórias contadas de geração para geração verbalmente, e, comumente, sofrem variações.
Em uma delas, cronistas dos séculos XVI e XVII registraram que, no princípio, o personagem era masculino e chamava-se Ipupiara, homem-peixe que devorava pescadores e os levava para o fundo do rio. No século XVIII, Ipupiara vira a sedutora sereia Uiara ou Iara. Pescadores de toda parte do Brasil, de água doce ou salgada, contam histórias de moços que cederam aos encantos da bela Iara e terminaram afogados de paixão. Ela deixa sua casa no leito das águas no fim da tarde. Surge sedutora à flor das águas: metade mulher, metade peixe, cabelos longos enfeitados de flores vermelhas. Por vezes, ela assume a forma humana e sai em busca de vítimas.[2]
A Lenda da Iara
A Origem Do Mito
De forma simples, poderíamos dizer que existem duas versões sobre a origem do mito amazônico Iara.
Uma, a de que o mito fora trazido pelos colonizadores portugueses com as Mouras, as sereias portuguesas. A difusão do mito entre os indígenas e caboclos teria se dado após o século XVII.
Iara teria origem européia e tendo suas raízes nas sereias.
A outra, a que nos parece mais abrangente, diz: “esses mitos são universais e, por isso Iara já fazia parte das encantarias indígenas”. Entretanto, com o domínio cultural dos colonizadores ocorreu um sincretismo, uma fusão de elementos dos dois mitos, da mesma forma como ocorreu com as religiões afro-brasileiras.
Assim, o mito das sereias deve fazer parte de todos os povos e, certamente, a partir do surgimento da sedução feminina.
Quando a feiticeira Circe aconselhou Ulisses a amarrar-se no mastro de seu navio e tapar com cera as orelhas de seus marinheiros, já se tinha notícia dessas sedutoras e encantadoras criaturas.
Em Portugal, a Moura ou as Sereias, na Espanha a Sirena, na Alemanha Loreley, na Grécia as Nereidas e na Amazônia a Mãe d’Água.
O caboclo é banhado por chuvas tropicais e pelas águas doces dos rios. Nada mais esperado do que essas águas refletirem seus sonhos e encantos. Assim, das profundezas dos rios emergem as encantarias refletidas da profundeza da alma cabocla.
Pintura Cabocla do Mito
A Iara, Uiara, Ipupiara ou Oiara – Mãe D’Água – e um dos seres mais populares da Amazônia. Vive nas encantarias do fundo dos rios.
Mulher tentadora. Apresenta-se com um lindo rosto europeu, cabelos longos e ondulados, tentando esconder a sensualidade e beleza de seu ventre e busto.
A longa cabeleira flutua e é solta pelas ondas. Cabelos soltos e desatados, considerados uma das principais armas da sedução feminina, conferem sexualidade responsável pela imensa atração por Iara.
Iara na parte visível e superior dos rios é mulher, na invisível e inferior é peixe.
Ardis e Perigos da Sedução do Mito
Iara aparece banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas.
Apresenta-se penteando os cabelos, cantando, ou mesmo conversando com algum passante.
O rosto da Iara emerge das trevas do rio como sedução e atrai com a luz de sua beleza o olhar e os desejos de navegantes e ribeirinhos.
Da mesma forma como o olhar de serpente, quando dança para o bote mortal ás presas, os cantos de Iara atraem e hipnotizam.
Pelo canto anuncia sua presença ao navegante ou morador da beira do rio. Por trás dos cantos da Iara, há um sensualismo de irresistível atração.
Apesar de todos esses artifícios ainda existe a promessa de uma vida de prazeres em palácios riquíssimos e submersos no rio.
Sua preferência são os jovens. Faz promessas de todos os tipos e canta belas melodias com voz suave e harmoniosa. Convida-os a irem com ela pára o fundo das águas do rio sob a promessa de uma eterna bem-aventurança em seu palácio, onde a vida é de uma felicidade sem fim.
Ela atrai os moços e os fascina, mostrando-lhe seu rosto belíssimo a flor das águas e deixando submersa a cauda de peixe. Encantado e hipnotizado, o moço que com ela mergulha nunca mais é visto.
Sempre que aparece morto ou desaparece um rapaz, atribui-se a desgraça aos ardis sedutores da Iara.
Para quem viaja nas águas dos rios da Amazônia, a Iara pode ser um perigo, pois encanta os navegadores e puxa os barcos para as pedras. O ribeirinho só se dá conta da tragédia, quando não tem mais tempo para desviar.
Seus ardis e seu poder de sedução são tão fortes sobre os homens, quanto o do outro mito amazônico, o Boto, sobre as mulheres.
Quem tiver visto seu rosto uma única vez jamais poderá esquecê-lo. Pode até, no primeiro momento, resistir-lhe aos encantos por medo ou precaução. No entanto, mais cedo ou mais tarde acabará por se atirar no rio, levado pelo desejo de juntar seu corpo ao dela.
O Caso do Índio Jaguarari
A mais divulgada lenda sobre a Iara é a do índio da tribo Tuxaua, Jaguarari. Muito admirado por sua força, coragem, bondade e beleza.
Um dia Jaguarari saiu para pescar e ouviu um canto que o deixou maravilhado. Jaguarari, encantado, queria conhecer a ave que cantava assim. Sem perceber, foi andando, como se arrastado por algo invisível na direção da mágica melodia.
Não demorou muito, avistou Iara cantando e banhando-se na beira do rio. Jaguarari foi possuído por uma paixão fulminante.
Saía todos os dias para pescar, mas o que Jaguarari tinha em mente era rever Iara. A paixão transformara num índio completamente diferente. Mudança percebida por todos na tribo.
À noite, quando voltava da pescaria e queria dormir, a única coisa que conseguia era ouvir o canto sedutor da Iara. Numa noite de luar, o índio não resistiu à canção sedutora da Iara e saiu correndo em direção a margem do rio.
Lá estava o lindo rosto de Iara e seus seios insinuando-se entre as ondas de seus cabelos.
No ritmo dos apelos melodiosos de Iara, jogou-se em direção daquele encantamento. As águas então se abriram e, desde então, Jaguarari desapareceu para sempre nos braços de Iara.
A sedução mortal de Iara pode ser interpretada como a vitória do animal sobre a razão. Vitória do irracional, invisível e simbolizado por sua parte inferior de peixe.
Quem ouviu seus cantos e a viu uma vez jamais pode esquecê-la. Apesar de o desejo ardente de perder-se para sempre nas trevas do rio, abraçado pelo brilho da beleza de Iara e de seu palácio encantado, ser reconhecido por todos como mortal.
“Iara” é rimas seduzidas pelo encanto amazônico para registrar a lenda de Iara
FONTES:
Livro “Cultura Amazônica” de João de Jesus Paes Loureiro;
Sites: scribd.com; terrabrasileira.net; e amazonia.com
Iara
A Amazônia canta,
com sua fauna, flora
e com o murmúrio do rio.
Dos cantos, um mais encanta:
doce canto de Iara,
sereia de eterno cio.
Sobre as ondas do rio
é mulher, é sedução;
nas trevas do mergulho
é peixe, é ilusão.
Sob as ondas dos cabelos
e da luz dum verde olhar,
o vai e vem de águas do desejo
revela seios, brotos do doce mar
Quem: ouvir seus cantos;
em suas juras acreditar;
e admirar seus encantos,
com Iara mergulhará,
abraçado aos sonhos
para nunca mais voltar,
abraçado aos sonhos
para nunca mais voltar
Curiosidade:
- A palavra Iara é de origem indígena. Yara significa “aquela que mora na água”.
cobra engolindo e vomitando cobra
http://www.youtube.com/watch?v=R7Vibcq_rrw&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=so1N7hF55LU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=w9LI4UUMjDM&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=JJ-JR4ro4_8&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=so1N7hF55LU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=w9LI4UUMjDM&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=JJ-JR4ro4_8&feature=related
lenda do guarana
O guaraná é um fruto da Amazonia usado para fazer uma soda ou refrigerante de sabor doce e agradável. É uma bebida bastante popular na Amazônia. A origem deste fruto é explicada na seguinte lenda.
A Lenda
Um casal de índios pertencente a tribo Maués, vivia junto por muitos anos sem ter filhos mas desejava muito ser pais. Um dia eles pediram a Tupã para dar a eles uma criança para completar aquela felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.
O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino e da paz e felicidade que ele transmitia, e decidiu ceifar aquela vida em flor.
Um dia, o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente.
A triste notícia se espalhou rapidamente. Neste momento, trovões ecoaram e fortes relâmpagos caíram pela aldeia. A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos.
Os índios obedeceram aos pedidos da mãe e plantaram os olhos do menino. Neste lugar cresceu o guaraná, cujas sementes são negras, cada uma com um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.
http://www.youtube.com/watch?v=LGFtyrOxiH4&noredirect=1
monstro do lago ness
O monstro do lago Ness, monstro de Loch Ness, ou também conhecido simplesmente por Nessie, é um criptídeo aquático que alegadamente foi visto no Loch Ness (Lago Ness), nas Terras Altas da Escócia. A sua existência (ou não) continua a suscitar debate entre os cépticos e os crentes, e é um dos mistérios da criptozoologia. O monstro de Loch Ness é descrito como uma espécie de serpente ou réptil marinho, semelhante ao plesiossauro, um sauropterígeo pré-histórico. Mas no dia 29 de Maio de 2003, o governo da Escócia declarou que o monstro não existe e as ideias de que ele existe não passam de fruto da imaginação.
Índice
1 Registros visuais
2 Teorias
3 Nessie na cultura popular
4 Referências
5 Ver também
6 Ligações externas
[editar] Registros visuaisRumores acerca de uma criatura estranha em Loch Ness existem há pelo menos 1595 anos. O primeiro registo escrito aparece na Vida de São Columbano (também conhecido como São Columbina) escrita pelo próprio no século VI, onde Columbano descreve como salvou um picto das garras do monstro. Em outro ponto da obra, o santo conta que matou um javali com o poder da sua voz, o que levanta questões sobre a credibilidade dos seus relatos, mas o javali pode ter morrido por outra causa enquanto ele gritava, ou simplesmente Columbano usou uma metáfora, como estar usando "Voz" como algo relativo ao povo e usado um exército de pessoas.
A NessieNo século XX - o primeiro relato é de 1923 - e conta como Alfred Cruickshank avistou uma criatura com cerca de 3 metros de comprimento e dorso arqueado, mas o registo visual que iniciou a popularidade de Nessie data de 2 de Maio de 1933 e foi relatado pelo jornal local Inverness Courier numa reportagem cheia de sensacionalismo. Na peça conta-se que um casal viu um monstro aterrorizante a entrar e sair da água, como alguns golfinhos fazem. A notícia gerou sensação e um circo chegou mesmo a oferecer 20.000 libras pela captura da criatura. A esta oferta seguiu-se uma onda de registos visuais que resultaram em 19 de Abril de 1934 na mais famosa fotografia do monstro, tirada pelo cirurgião R.K. Wilson (daí o nome da fotografia, conhecida como Surgeon’s photo). A fotografia circulou pela imprensa mundial como prova absoluta da existência real do monstro.
Décadas depois, em 1994 Marmaduke Wetherell confessou ter falsificado a fotografia enquanto repórter free lancer do Daily Mail em busca de um furo jornalístico. Wetherell afirmou também que decidiu usar o nome do Dr. Wilson como autor para conferir mais credibildade ao embuste.
Em 25 de maio de 2007, Gordon Holmes, um técnico de laboratório de 55 anos de idade, filmou um vídeo que ele diz ser de uma "criatura preta, com cerca de 45 pés de comprimento, movendo-se rapidamente na água". O vídeo vai ser estudado por biólogos. Diz-se que o vídeo está "entre as mais brilhantes aparições do monstro já feitas".[1] A BBC da Escócia transmitiu o vídeo em 29 de maio de 2007.[2]
[editar] Teorias
Impressão artística do Plesiosaurus em seu meio ambienteQuase todos os relatos de aparições do monstro descrevem-no à semelhança de um Plesiossauro, um animal parente dos dinossauros extinto desde o Mesozóico. Os plessiossauros eram répteis aquáticos de grandes dimensões, com um pescoço grande em relação à cabeça, que se deslocavam com a ajuda de enormes membros em forma de barbatana. A semelhança com um animal extinto levou alguns criptozoólogos a defender que o monstro de Loch Ness é um plessiossauro que, de alguma forma, sobreviveu à extinção da sua espécie no fim do Cretácico. Os cépticos argumentam com a impossibilidade de um único indivíduo sobreviver 63 milhões de anos e que esta hipótese implica a existência não de um monstro, mas de uma pequena comunidade. Baseado no tamanho do lago e na quantidade de alimento, George Zug, do Smithsonian, calculou que o número de criaturas como Nessie poderia variar de 10 a 20 animais se cada um pesarem cerca de 1500 e chegar até 150 animais de 150 quilos (O que provavelmente não é o caso já que descrevem criaturas enormes).
Cientistas dizem que um Plesiossauro nunca levantaria o pescoço acima d'agua, como o monstro supostamente faz. Além disso, o plesiossauro era adaptado ao calor, e não às temperaturas absurdamente baixas do Lago Ness. Baseando-se nisso, um grupo de cientistas criaram uma teoria que diz que o monstro é, um dinossauro parente do plesiossauro, que além de nunca ter sido documentado, possuía uma estrutura óssea diferente de seu suposto primo e o corpo adaptado a condições climáticas diferentes, que vivia no Oceano Ártico ou Atlântico. Assim, um grupo dessas criaturas entrou pelo Rio Ness (uma das únicas ligações do lago com o mar) e depois de certo tempo o rio ficou muito raso, e as criaturas não puderam sair, graças ao alimento farto de salmões, enguias e trutas as criaturas se adaptaram à vida no lago. [carece de fontes?] Então, "Nessie" provavelmente seria da superordem Sauropterygia.
Outras explicações para os registos visuais sugerem que as testemunhas tenham confundido o monstro com os esturjões que abundam no lago e que, graças à sua estranha aparência, possam ter causado confusão. Há ainda quem relacione os registos visuais com libertação de gases da falha tectónica que modela o lago, que podem chegar à superfície sobre a forma de bolhas.
Em Julho de 2003, uma equipe da BBC realizou uma investigação exaustiva na zona, com o fim de determinar de vez a existência ou não do monstro. O lago foi percorrido de uma ponta à outra por mergulhadores e cerca de 600 sonares sem qualquer resultado. A BBC concluiu que o monstro não existe mas nem isto desalentou os defensores de Nessie.
Grande parte da dificuldade em encontrar ou provar a ausência da criatura é devida à peculiaridade geológica do próprio lago. Ele tem forma estreita, profunda e alongada, com cerca de 37 quilómetros de comprimento, 1,6 quilómetros de largura e uma profundidade máxima de 226 metros. A visibilidade da água é extremamente reduzida devido ao teor de turfa dos solos circundantes, que é trazida para o lago através das redes de drenagem. Pensa-se que o lago Ness tenha sido modelado pelos glaciares (Brasil: geleira) da última era glacial. Além disso, a visibilidade na superfície costuma ser má, o que explica a má qualidade das fotos e a suspeita de que os registos visuais sejam apenas pareidolia. Na Escócia, a média dos últimos 30 anos é de apenas 48 dias de sol por ano.
[editar] Nessie na cultura popularReal ou imaginário, o monstro de Loch Ness faz parte do imaginário popular e da cultura da Escócia e do resto do mundo ocidental. Nessie apareceu num episódio de Scooby-Doo e é um exemplo clássico de monstro. É ainda um dos motores da indústria de turismo da zona, atraindo ao Loch Ness inúmeros curiosos em busca da oportunidade de tirarem uma fotografia. No desenho Duelo Xiaolin o monstro do Lago Ness é prima de Dojo. E o Monstro do Lago Ness apareceu também em um episódio de Scooby Doo onde, por causa das olimpíadas escocesas, o monstro aparecia e aterrorizava a todos por causa do grande barulho das pessoas competindo, ele também aterrorizava um castelo que era da organizadora das olimpíadas. O monstro ainda foi parodiado no desenho Johnny Test como o "Monstro do lago Porkness". Nessie também foi parodiada no desenho Phineas e Ferb como o "Monstro do lago Naso". No desenho Kid vs. Kat Nessie é parodiada como o "Monstro do lago Coruja".
Em Arquivo X no Episodio O Monstro do Lago um monstro marinho apareceu sendo responsavel por várias mortes mesmo não sendo o Monstro do Lago Ness durante o episodio várias referências são feitas ao Monstro do Lago Ness. EarthBound na fase winters e Sem esquecer o filme Meu Monstro de Estimação, em Mega Man Star Force 2, há uma cidade chamada Loch Mess, onde segundo a lenda, vive uma criatura chamada Dossy (Messy), que na verdade é a forma de vida eletromagnética Brachio Wave (Plesio Surf).
Em Top Gear de Super Nintendo, na pista "Loch Ness", um suposto Nessie aparece ao fundo do cenário num lago. Também é possível ver placas na beira da pista com a frase "Beware the Monster!" (Cuidado com o Monstro!).
Carl Barks retratou Nessie na história O Mistério do Lago, Obras Completas de Carl Barks 33. Nesta história, o protagonista Donald decide fotografar o monstro no interior do lago Less (paródia para o lago Ness), mas é engolido pelo bicho.Em Tomb Raider The lost Artifact aparece o monstro, no qual Lara Croft precisa lutar.
guillerme tell
Guillermo Tell es uno de los personajes legendarios de Suiza, al que se sitúa en el siglo XIV y al que hasta la fecha nadie ha podido confirmar su existencia real.
Aquella Suiza de los siglos XIII y XIV estaba dominado por los Habsburgo. Reinaba por aquel entonces Rodolfo I de Habsburgo, quien había dado comienzo a la dinastía, cuando estalló una rebelión en tres cantones suizos montañosos de una gran riqueza: Shwyz, Uri y Unterwalden. Fue el hijo de Rodolfo I, Alberto, el que sofocó aquella rebelión con extrema dureza, anexionando los territorios a la familia de los Habsburgo.
Fue entonces, cuando bajo aquella fuerte represeión, apareció la figura heróica que todos los cantones suizos necesitaban.
Cuenta la leyenda que Guillermo Tell, nacido en Bürglen, en el cantón suizo de Uri, pasaba un día por la plaza central de Altdorf donde estaba el sombrero de la casa dominante, ante el cual todos los suizos debían inclinarse. Altivo, Tell no lo hizo y fue apresado. Hermann Gessler, gobernador de Altdorf, cruel y mezquino, impuso un castigo por su rebeldía al héroe y le obligó a disparar con su ballesta a una manzana situada sobre la cabeza de su hijo.
Guillermo Tell cargó su carcaj con dos flechas. Disparó la primera y atravesó en su mismo centro la manzana que estaba sobre la cabeza de su hijo. Cuando fue interrogado por Gessler acerca de la segunda flecha, Tell contestó que aquella estaba dirigida al tirano que lo obligó a disparar, en caso de que sin querer hubiera matado a su hijo. Al oirlo, fue nuevamente apresado y mandado a galeras. Pero el barco sufrió un naufragio, y Guillermo Tell salvó a los soldados y al propio gobernador que también viajaba. Al llegar a tierra, el ballestero suizo le tendió una emboscada a Gessler y lo mató.
Desde entonces su historia se ha corrido de boca en boca, y siglos más tarde fue tomada para ser divulgada como símbolo de la lucha por la libertad, aunque jamás pudo saberse si realmente aquella historia fue real o no, y ni tan siquiera quedó constancia de si Guillermo Tell y Gessler existieron o fueron producto de la imaginación popular que necesitaba de un héroe para sublevarse ante los opresores.
Finalmente, en el año 1389, la Confederación Helvética proclamó su independencia de los Habsburgo.
rei arturo
Cuenta la leyenda que:
no hubo rey más justo ni más bueno que Arturo, hijo de Uther, rey de Gran Bretaña, ni caballeros con más altos ideales y honrados de corazón que aquéllos que lo acompañaron en la Tabla Redonda.
Era una época de magia, de encantamientos y hechizos. Tiempos de guerra y rituales. Uther Pendragón deseaba perdidamente a Ingraine, la esposa de su mayor enemigo, Gorlois, duque de Cornualles, y para conseguirla cayó en la más indigna de las tretas: logró de Merlín un encantamiento tal, que cuando la duquesa lo vio la confundió con su propio esposo. Aquella misma noche, Uther e Ingraine yacieron juntos, y de aquel encuentro se engendró el que sería el alma más pura y noble que conocieran aquellas tierras.
Pero aquel trato indigno con el mago no sería gratis, pues el fruto de aquella noche habría de ser entregado al propio mago. Así, Arturo fue tomado por Merlín, quien lo entregó a Sir Héctor para que lo criara en la sabiduría y la lealtad.
Las continuas guerras entre Uther y Gorlois no tuvieron fin, y aquel encuentro con el que pretendían supuestamente sellar la paz, no sirvió sino para aumentar las viejas rivalidades. Gran Bretaña, tras la muerte de Uther, teniendo Arturo sólo dos años, cayó en decadencia. La crueldad, la tiranía, la pobreza y la injusticia se apoderaron del país. Y así, pasaron los años, hasta que el propio Merlín predijo que sólo un milagro revelaría el nombre del que habría de ser nuevo rey.
Y ese milagro ocurrió. Un día, no se sabe cómo, en el cementerio del reino apareció una espada clavada en una roca. Rezaba en la piedra:
“quien pueda desencajarme de esta piedra será rey de Gran Bretaña“
Muchos fueron los nobles que lo intentaron, pero todos sin éxito. Sólo ese alma noble que habría de levantar a Gran Bretaña podría sacar aquella espada mágica. Celebrándose un torneo en el reino, el hermanastro de Arturo requirió de una espada. Presto, Arturo corrió a buscarle una. Pendragón se acercó hacia la piedra, y sin esfuerzo, tomándola del mango, deslizó la hoja por la ranura de la roca hasta sacarla.
Se había cumplido la profecía. Arturo era el elegido. Aquella espada mágica había visto la pureza de su alma y se ofreció a sus manos. Postrados, los presentes ofrecieron reverencia a su nuevo rey, Arturo, nombrado así por el Obispo de Canterbury. Merlín se hizo inseparable del rey, adiestrándole y educándole en su reinado, pero un día paseando por el bosque se encontró con Pellinore, padre de Percival, quien le retó a duelo. Gracias a Merlín, quien usó sus artes mágicas, Arturo ganó el combate, pero la amada espada que había sacado de la roca se partió en dos. El desconsuelo hacía mella en el joven rey, hasta que a orillas de un lago, divisó en el centro un brazo que emergía del fondo ofreciéndole una nueva espada: Excalibur. Las brumas del bosque parecían envolverles, los sonidos se silenciaron, el viento pareció parar y de entre la neblina del lago apareció una barcaza con una dama vestida de blanco: era la Dama del Lago, quien lo condujo hasta la espada. Arturo lo tomó de la mano que se la ofrecía y leyó en ella, en un lado de la hoja la inscripción “tómame“, y en la otra “arrójame lejos“.
Fue el comienzo de una bella historia. La de un rey que pacificó su reino e hizo justicia, ganándose el respeto de quienes estaban bajo su reinado, pero al mismo tiempo, gobernando con templanza frente a sus enemigos. Y así, su nombre resonó por toda Britania. Llegaba la edad para encontrar quien la acompañara en su vida, y Arturo se enamoró de una joven, Ginebra, hija del Rey de Cameliard. Éste acogió la propuesta de matrimonio con entusiasmo, pero Ginebra, aun cuando admiraba las dotes de su futuro marido y lo respetaba profundamente, no llegó a enamorarse de él. Sus pensamientos y sus miradas iban dirigidos al principal caballero de Arturo, Lancelot, mas la lealtad de ambos le impedían estar juntos. Él le debía fidelidad a su rey; ella a su marido.
Lancelot, su caballero más fiel y más valiente; el más arrojado y el mejor. Fue el más conocido de todos los caballeros que estaban reunidos aquel día en que el cielo se abrió para reconocer a Arturo. Y allí, en aquella mesa redonda, en aquel momento, se creó la Orden de los Caballeros de la Tabla Redonda, quienes lucharían y entregarían su vida por la libertad y la justicia.
Serían años de paz y de tranquilidad en el reino, hasta que Merlín anunció la necesidad de buscar el Santo Grial, el cáliz perdido con la Sangre de Cristo. Fue el principio del fin de la Orden y por ende, del reino. Cada caballero partió en busca del Tesoro. Sir Gallahad, hijo de Sir Lancelot; Sir Percival; Sir Bors… Disuelta la Orden, y alejado los Caballeros, el reino quedó a merced de los envidiosos, y entre ellos, Sir Mordred y Argavine.
El complot se fue forjando tras las murallas de Camelot. Sir Mordred y Agravine acusaron a Lancelot de querer quedarse con el reino de Arturo y con su mujer Ginebra, aprovechando que ésta había entrado en los aposentos del fiel caballero, a los que encerraron. Sir Lancelot se defendió dando muerte a 13 caballeros que quisieron apresarlo injustamente, pero hubo de renunciar a Camelot y marcharse tras dar muerte a dos hermanos de Sir Gawain, otro de los más nobles caballeros de la Mesa Redonda. Éste salió tras los pasos de Lancelot, haciéndose acompañar por el propio rey Arturo, quien dejó el reino en las manos de Mordred.
Cuando descubrieron la añagaza, era tarde. Mordred reclamó para sí el reino. El enfrentamiento estaba próximo, pero una visión le dijo que no debía atacar sin la ayuda de Lancelot. Arturo intentó alargar el combate, pero cuando parecía que sellaban la paz, un caballero levantó la espada para matar una serpiente que le atacaba. Fue la señal desdichada, como si el destino se hubiera conjurado contra quien al final de su vida no había sabido controlar a sus propios caballeros.
La lucha comenzó; fratricida, violenta; sangre por doquier; horror y muerte. Fueron cientos, miles los que murieron en aquella batalla, hasta que Mordred y Arturo quedaron finalmente frente a frente. Arturo se abalanzó con su fiel Excalibur alzada contra Mordred y, con un rápido mandoble, lo atravesó dándole muerte, mas, para su desgracia, cayó sobre la espada de Mordred, mortalmente herido.
Se le iba la vida, y recordó aquel mensaje que ocultaba la espada en su hoja: “arrójame lejos“. Pidió ayuda para acercarse al lago donde un buen día recogiera a Excalibur, y reuniendo sus últimas fuerzas la lanzó al centro. Del lago emergió una mano mágica que recogió la espada, y lentamente, se sumergió para siempre en el fondo. Los presentes asistieron entonces asombrados a los hechos que se sucedieron: de entre la niebla volvió a surgir una barcaza, esta vez con tres damas vestidas de negro, quien recogieron al rey Arturo y se lo llevaron aguas adentro.
El pesar se apoderó de sus soldados. Las lágrimas y el llanto los acompañó largo tiempo; las tinieblas cayeron sobre un reino ejemplo de justicia y durante muchos años la anarquía reinó en Britania.
Días después, alguien vio a tres damas vestidas de negro enterrar a un noble caballero junto a una ermita en un bosque. El rumor se propagó, y se dijo que aquél era el cuerpo de Arturo. Cuando poco después, Ginebra, presa de la tristeza murió, la enterraron en aquel mismo lugar, para que por siempre durmieran juntos. Avalon, quizás… pero, al fin, la morada eterna de un rey justo.
Jamás antes se habían juntado un rey tan bueno, ni caballeros con tan nobles ideales… jamás antes, Gran Bretaña vivió de una paz más justa.
Pero eso… eso es lo que cuenta la leyenda…
la leyenda de sigfrido
Sigfrido, hijo del rey Sigmund de Niederland y de la bella Siegelinde, escuchó la llamada de la aventura a edad temprana. Siendo apenas un niño abandonó el castillo de sus padres y vagó a través de campos, ríos y bosques, hasta que el enano Mimir lo acogió en su fragua.
Cerca de la casa de Mimir se abría una profunda cueva que conducía al reino de los nibelungos. Estos enanos, expertos en la minería y la orfebrería, poseían un fabuloso tesoro que guardaban en una gran cámara próxima a la superficie. Un dragón llamado Fafnir protegía el tesoro.
Mimir era también un nibelungo, pero odiaba a sus congéneres por haberlo expulsado del reino subterráneo. Cuando vio que Sigfrido tenía valor suficiente para convertirse en un gran héroe, concibió la idea de utilizar al joven como instrumento de venganza. A partir de ese instante comenzó a enseñarle todo lo que sabía y a adiestrarlo en el manejo de las armas, con la esperanza de que algún día venciera al dragón Fafnir, arrebatando a los nibelungos sus riquezas.
Llegó el momento en que Sigfrido estuvo preparado para batir a Fafnir, pero no tenía una espada lo suficientemente resistente como para enfrentarse con garantías a él. Así que Mimir forjó la espada Balmung con los fragmentos de otra que había encontrado en el bosque (y que algunos dicen había fabricado el mismísimo Odín tiempo atrás) y se la entregó a Sigfrido antes de que partiera a combatir con el dragón.
Tras una dura lid, Sigfrido logró clavar la espada en el corazón de la bestia, que murió entre rugidos y coletazos ya inútiles. Cuando el dragón dejó de moverse, Sigfrido se bañó en su sangre aún caliente, pues Mimir le había revelado que si hacía así se volvería invulnerable. Sin embargo, una pequeña hoja de tilo pegada a su espalda dejó un punto en el que la sangre del dragón no llegó a tocar.
La hazaña no calmó la sed de aventuras de Sigfrido, que abandonó la casa del herrero para buscar nuevos desafíos. Del tesoro de los nibelungos sólo se llevó un casco mágico que volvía invisible a quien lo llevara puesto y también, a pesar de los consejos de Mimir, un anillo muy hermoso pero que según una antigua maldición traía la muerte a su dueño.
Pasó a Dinamarca, cuyo rey le obsequió con el caballo Grani, descendiente de Sleipnir, el mítico caballo de ocho patas de Odín, y embarcó en dirección a Islandia. En la isla del hielo encontró un castillo rodeado por un muro de llamas, en cuyo patio una hermosa doncella vestida con cota de malla yacía dormida sobre un escudo. Montado en Grani, Sigfrido saltó por encima de las llamas, y despertó a la joven con un beso. Brunilda, pues así se llamaba la doncella, le contó a Sigfrido su historia: Odín la había castigado, a ella que era una valquiria, a permanecer dormida en aquel castillo hasta que llegase un caballero tan valiente como para cruzar el cerco de fuego.
Sigfrido acompañó a Brunilda durante unos días, pero pronto sintió nostalgia de la casa de sus padres, con quienes hacía tanto tiempo que no estaba, y abandonó Islandia para regresar a la corte de Niederland, en donde fue recibido como un hijo pródigo y como un héroe.
Sin embargo, no permanecería por mucho tiempo en el castillo paterno. A Niederland llegaban noticias acerca de la magnificencia del vecino reino de Burgundia, del valor de su rey Gunther y del vasallo Hagen, y de la hermosura de la hermana del rey, Crimilda. Sigfrido sintió deseos de verlo con sus propios ojos, así que viajó a Burgundia, en donde trabó amistad con el rey y se enamoró de su hermana, siendo correspondido por ella.
Un día llegó a la capital de Burgundia, la ciudad de Worms, un escaldo islandés declamando versos acerca de una princesa de su tierra llamada Brunilda que desafiaba en combate a todo aquel que pretendiera casarse con ella. Hasta aquel momento nadie había pasado la prueba. Inflamada su imaginación por las palabras del escaldo, Gunther quiso ir a Islandia para vencer a Brunilda y tomarla como esposa. Sigfrido sabía que tal empresa excedía la capacidad del rey, así que intentó disuadirlo. No lo logró, y encima Gunther le pidió que lo ayudara en su propósito, algo a lo que Sigfrido se negó en principio, aunque, como el burgundio le ofrecía a cambio la mano de Crimilda, acabó por ceder.
Juntos embarcaron hacia Islandia. En el momento de subir al barco, Sigfrido se puso el casco mágico del tesoro de los nibelungos, que volvía invisible a su portador. De esa manera podría guiar el brazo del rey Gunther durante su pelea con Brunilda sin que esta se diera cuenta. El combate salió como ellos esperaban y, una vez derrotada, Brunilda accedió a marchar a Worms y casarse con Gunther.
La ceremonia se celebró con todo el boato del que la corte burgunda era capaz, pues no sólo se casaba el rey, sino que lo hacía también su hermana. Aunque a partir de ese día Gunther colmó de atenciones a Brunilda, esta no era feliz: su marido no se comportaba como el gallardo héroe que la valquiria esperaba y ella en realidad ardía de celos por Sigfrido. Las discusiones con su cuñada se volvían cada vez más agrias, y en lo más álgido de una de ellas Crimilda le contó la verdad acerca de lo sucedido en Islandia. Brunilda montó en cólera y se marchó de Worms para no volver nunca.
Abandonado y humillado, Gunther culpaba a Sigfrido de la marcha de su esposa. El vasallo Hagen vertía palabras llenas de ponzoña en sus oídos, incitándole a matarlo, pero el rey dudaba, ya que, después de todo, Sigfrido era invencible. Sin embargo, Hagen le convenció de que dejara el asunto en sus manos. Él encontraría el modo.
Su habilidad para manipular el corazón de sus semejantes no tenía par y con medias verdades se ganó rápidamente la confianza de Crimilda. Le confesó que Gunther quería asesinar a su marido, pero añadió que él estaba de parte suya y se encargaría de evitarlo. Ella le reveló entonces que Sigfrido era invulnerable por haberse bañado en la sangre de Fafnir salvo en aquel pequeño punto de la espalda en el que la hoja de tilo había impedido que la sangre tocara su piel. Una vez supo esto, Hagen organizó una cacería durante la que, tras quedarse a solas con Sigfrido, le clavó una daga en la espalda, atravesando su corazón.
Así murió el valiente Sigfrido, hijo de Sigmund y de Siegelinde. Con su muerte se cumplió la maldición del anillo de los nibelungos.
Esta es sólo una entre las múltiples versiones de la leyenda de Sigfrido, cuyo origen se remonta a la época en que los pueblos germánicos y escandinavos regían las tierras del otro lado del Rhin, más allá de la frontera del Imperio Romano
los cavalleros templariose el pergamino de chinon
El 13 de octubre de 1307 comenzaron las detenciones, por orden real, de todos los caballeros templarios en Francia. Comenzaron los interrogatorios, los torturaron, y finalmente, acabaron reconociendo que aquellas acusaciones por las que habían sido detenidos, herejía y sodomía entre otras, eran ciertas. Clemente V, Papa de aquella época, ordenó también la detención de los templarios que estaban en todo Occidente y en Chipre, y casi 600 caballeros más fueron llevados a París para ser juzgados. Corría ya el año 1309, y en esos dos años, algunos de aquellos primeros templarios detenidos, se retractaron de las declaraciones iniciales convirtiéndose así en relapsos. 54 de ellos fueron ejecutados en la hoguera en mayo de 1310.
En el Concilio de Vienne, en el año 1312, Clemente V dictó la bula Vox in excelso por la que suprimió la Orden del Temple quedando sólo pendiente de sentencia los casos de sus cuatro más importantes dirigentes: Jacques de Molay, Geoffrey de Charney, Hughes de Pairaud y Geoffrey de Gonneville.
Tras declararse inocentes, los dos primeros fueron llevados frente a la catedral de Notre Dame de París, y ante todo el pueblo, fueron quemados. Jacques de Molay, Maestre del Temple murió en la hoguera el 18 de marzo de 1314 no sin antes lanzar una maldición contra los dos culpables de su detención, el Papa Clemente V y el Rey Felipe IV instándolos a presentarse ante el Altísimo en menos de un año. Ambos, el Papa y el Rey murieron en pocos meses.
Pero éste no es sino un breve resumen de los hechos que ocurrieron entre 1307 y 1314. ¿Qué fue lo que llevó a la desaparición de la Orden Templaria? ¿Hubo una conspiración contra ellos? A la vista de un documento, y aunque ya se sabía, que ha sacado el Vaticano a la luz en octubre del año pasado, está claro que sí. Esos documentos que han permanecido durante 700 años ocultos en los Archivos Secretos del Vaticano muestran lo ocurrido en los juicios que se realizaron contra los templarios en el castillo de Chinon.: es el tomo titulado “Procesus contra Templarios” y ya se le conoce como “Pergamino de Chinon” en el que el Papa Clemente V concedió la absolución a los caballeros templarios reconociendo que no había motivos para su enjuiciamiento.
Remontándonos a aquellos años, varias fueron las causas que llevaron a que una orden tan rica y poderosa como la del Temple desapareciera.
Inicialmente la Orden nació con el fin de preservar la religión católica y sus posesiones en el Mundo. Lo mismo ocurría con mucha otras ordenes militares, como los caballeros Hospitalarios, cuyo fin último era recuperar para la Cristiandad territorios sagrados de manos de los árabes. Sin embargo, cuando en en el transcurso de la batalla de Juan de Acre, en el año 1291, perdieron las últimas de las posesiones en Tierra Santa, su razón de ser desapareció y con todo su poder y riquezas se convirtieron en un peligro para el orden gubernamental del momento. Así se lo temió Felipe IV el Hermoso, quien veía inmiscuirse en muchos temas a los Caballeros Templarios, quienes a su vez sólo tenían que rendir cuentas al Papa, permaneciendo intocables para el propio Rey.
Por otro lado, tampoco sus hazañas eran bien recibidas entre el pueblo, pues suponían un costo extra que habían de soportar ellos mismos, dado que las ordenes militares estaban exentas del pago de impuestos.
Felipe IV, el principal impulsor de la lucha contra los templarios, además, odiaba a su Gran Maestre, Jacques de Molay, quien había accedido al puesto a costa del gran amigo del Rey, Hugo de Peraud.
Pero fue el dinero el gran motivo que impulsó a Felipe IV el Hermoso a comenzar la campaña persecutoria contra los Templarios. Las continuas luchas del reino contra Inglaterra y Flandes estaban vaciando las arcas, y Felipe IV andaba muy necesitado de dinero. Varias veces había tenido que acudir a los inmensos tesoros templarios, solicitándoles un préstamo. Las deudas con ellos aumentaban, y por tanto, eliminarlos suponía automáticamente que todas las deudas del Estado con los Templarios desaparecieran, y además, cabía la posibilidad de quedarse con todas las posesiones de los caballeros de la Orden.
Clemente V, al que ahora exculpa la Iglesia de aquella persecución en el pergamino de Chinon, no fue sino una simple marioneta en manos del Rey, más por miedo a ser asesinado o arrinconado como lo había sido su antecesor Bonifacio VIII, que por falta de poder, ya que era prerrogativa del Papado la dirección de todas las ordenes militares.
Perseguidos, cruelmente torturados y finalmente quemados en la hoguera, aquellos Caballeros Templarios de los que tantas leyendas e historias se han escrito desaparecieron en aquel año de 1314… o quizás no…
sir gawain y el cavallero verde
Era el día de Año Nuevo, y todos los caballeros de la Tabla Redonda se hallaban congregados en el gran salón de Camelot. Transcurría uno de aquellos suntuosos banquetes con los que el rey Arturo y sus súbditos celebraban la Navidad, veladas alegres para charlar, contar historias galantes y bailar hasta bien entrada la noche. Se encontraban caballeros y damas en animada conversación cuando, de forma repentina, un extraño caballero irrumpió en el salón montado a caballo. Todos los presentes se inquietaron por el aspecto fiero de aquel hombre, que tenía un tamaño descomunal y, aunque no llevaba puesta armadura ni cota de malla, portaba en sus manos un hacha de tamaño terrorífico. Nadie dejó de notar que la totalidad de sus ropajes, e incluso su pelo, su barba y su caballo eran de color verde.
Con voz solemne, el enigmático personaje planteó a los presentes un desafío. Retó, a aquel caballero con el valor suficiente, a empuñar el hacha y asestarle un golpe con ella. A cambio, él se lo devolvería después, aunque concediendo un año de plazo. Como al principio nadie respondió, pues todos habían quedado impresionados por su aparición, fue el propio Arturo quien aceptó el reto para salvaguardar el honor de Camelot. Ya estaba el rey calibrando el peso del arma, cuando Gawain alzó su voz, pidiendo ser él quien asestara el golpe y afrontase las posibles consecuencias. Tras celebrar consejo con el resto de sus caballeros, Arturo accedió.
El Caballero Verde descabalgó de su montura y Gawain blandió la gigantesca hacha, descargando un golpe brutal sobre el cuello de su oponente, cuya cabeza rodó por el suelo, separada del tronco por la violencia del impacto. La sangre brotaba a borbotones del cuello del Caballero Verde, pero este no se desplomó, sino que, para espanto de todos los presentes, caminó hasta donde yacía su cabeza y la recogió del suelo. Sujetándola por el pelo, montó en su caballo y abandonó el salón, no sin antes recordar a Gawain su parte del trato. Para cumplirla debería buscarle antes de que transcurriese un año en un sitio conocido como la Capilla Verde.
Durante aquellas Navidades no se habló de otra cosa en Camelot, pero con el transcurrir de los meses el prodigioso suceso se fue olvidando poco a poco. Gawain vio pasar rápidamente las estaciones, sintiéndose cada vez más inquieto. Había dado su palabra al Caballero Verde de ir a buscarlo, y no faltaría a ella, pero mucho se temía que aquello supondría su fin. Por otro lado, no sabía en donde quedaba aquella Capilla Verde, y nadie en Camelot supo decírselo. Cuando la Navidad se acercó otra vez, Gawain se despidió del rey y sus amistades y partió de la corte sin rumbo fijo, aunque con la esperanza de encontrar a alguien que le indicase el camino. Muchos ojos lloraron al verle partir.
Vagó en soledad por regiones desconocidas, corriendo diversas aventuras. Sin embargo no hallaba por ningún lado la Capilla Verde.
Ya era el día de Nochebuena cuando, tras atravesar cabalgando un bosque, divisó un magnífico castillo construido en una planicie y rodeado de árboles. Como hacía tiempo que deseaba descansar, se dirigió al castillo, en el cual fue acogido de buen grado. El castellano, que según pudo comprobar Gawain, era hombre de valor y señor de esforzados vasallos, le dio la bienvenida e invitó a quedarse todo el tiempo que necesitara. Aquel señor sabía donde estaba la Capilla Verde, y prometió a Gawain que el día de año nuevo uno de sus criados le guiaría hasta ella, pues no quedaba muy lejos de allí.
Durante su estancia en el castillo, Gawain fue tratado con gran hospitalidad. Sin embargo, algo incomodó al caballero, y es que la joven esposa del señor del castillo le ofrecía descaradas muestras de amor. Tres mañanas seguidas incluso se coló en su habitación para intentar seducirlo. La dama era muy hermosa y se dirigía a Gawain con argumentos sutiles, pero él no quería faltar a la lealtad que debía a su anfitrión, por lo que se mantuvo firme, aunque sin perder nunca la cortesía. Al final ella acabo dándose por vencida, aunque quiso regalar al caballero un cinturón de seda verde adornado con hilos de oro como prenda de su amor. Gawain se negaba aceptarlo, pero, como la dama le contó que aquel cinturón poseía la propiedad mágica de volver invulnerable a su portador, terminó por ceder.
Al fin llegó la mañana de año nuevo y Gawain abandonó el castillo. Un lacayo le condujo a la Capilla Verde, la cual resultó no ser una iglesia, sino apenas una elevación de terreno cubierta de hierba y con unas aberturas en los laterales. Un lugar tan desolado que ponía los pelos de punta.
Se escuchó un ruido horrible parecido al de un gigantesco cuchillo al ser afilado. Cesó aquel sonido, y apareció entonces el Caballero Verde portando su hacha. Tras un tenso intercambio de impresiones, Gawain se dispuso a recibir el golpe fatal. El Caballero Verde se acercó, alzó su arma, la bajó con fuerza… y en el último momento amagó el golpe. Repitió la misma operación un par de veces más, dejando a Gawain al borde del colapso nervioso. A la cuarta sí alcanzó su cuello, pero sólo hizo una leve incisión. Con aquello quedaba saldada la deuda: “Golpe por golpe”, dijo el Caballero Verde. Y continuó explicándole a Gawain que todo había sido una prueba, incluidas las insinuaciones de la esposa del dueño del castillo, señor que no era otro que él mismo. El hada Morgana, hermanastra de Arturo y discípula de Merlín, le había hecho adoptar aquella forma para probar el valor y la honestidad de los caballeros de la Tabla Redonda.
Tras rechazar cortésmente la invitación del Caballero Verde de pasar unos días más en su castillo, Gawain regresó a Camelot, en donde fue recibido con gran alegría.
Desde entonces Gawain llevó siempre encima aquel cinturón verde como recordatorio de su debilidad al aceptarlo. O al menos eso es lo que nos cuenta el anónimo poeta que en el siglo XIV compuso Sir Gawain y el Caballero Verde.
jengis kan
Gengis Khan, de nombre Temudjin, con diez años se quedó huérfano, formando parte entonces del servicio del señor de los Kereit, Ong Qan Togril. Su padre, de nombre Yesugei, era el cabecilla de los Kiat, pueblos nómadas del Este de Mongolia.
Hablemos de Temudjin… bajo una apariencia de un niño, se encontraba todo un hombre que buscaba la gloria y levantamiento de su pueblo en contra del continuo sometimiento infringido por el Imperio Chino. Contaba con trece años cuando paso a ser el jefe tribal y sus seguidores le otorgaron el titulo de Gengis Khan, que significa “el mayor de los gobernantes“, ” señor” y “guerrero valeroso”.
Gengis Khan ha sido recordado por muchos aspectos; primero por la precocidad con la que llegó al poder, comparable con muy pocos héroes de la historia, (Alejandro Magno fue otro niño poderoso, por ejemplo). A sus trece años logró derrotar a los merkits y a los tártaros, proclamándose jefe supremo de la Mongolia Oriental en 1203 y de la Occidental en 1206.
Segundo, y gracias al factor anterior, el rey de la Estepa alineó a sus súbditos para emprender el viaje hacia la gloria de su pueblo en la guerra contra el poderoso Imperio Chino. En 1208 los ejércitos del rey mongol atravesaron la Gran Muralla China y en 1211 habían llegado hasta Beijing. El liderazgo de Gengis Khan, ayudado por su soberana astucia, le hacía dominador del área y de un ejército siempre dispuesto a morir por él y por su causa.
El gobernador chino, se vio obligado a firmar una paz con el emergente Imperio Mongol que de poco serviría ya que la guerra se reanudó en 1215. Este fue un punto de inflexión dentro del desarrollo y expansión del Imperio de Gengis Khan.
A raíz de aquí, todo lo conseguido, les llevó a querer más, casi siempre el punto flaco de los conquistadores, las ansias de la expansión continua. Gengis Khan logró conquistar gran parte de Asia menor a base de sofocar revueltas, lo que le contagió de ansia de poder y lo empujó a la conquista de Arabia. No le fue fácil ya que hubo pueblos que plantaron cara a su ejército, como fue el caso de Jorezm, que más bien sucumbió al ejercito mongol a causa de sus disputas internas.
Con el panorama que se le presentaba a Gengis Khan, no había ejército en el mundo que pudiera plantear batalla a su Imperio y decidió conquistar por completo China. Este fue el error, como comentábamos antes, ya que las ganas de gloria por parte del rey y los suyos eran insaciables. Quizás Khan y los suyos deberían haber optado por detenerse, por desarrollar su cultura en el territorio que ya tenían asentado. Pero así no se forman los héroes, y Gengis Khan estaba destinado a ello, marchó hacia China de nuevo, y en la provincia de Kan Su la muerte se lo llevó.
Corría el año 1227, había designado a su primogénito la conquista del oeste, pero él no pudo acabar su misión. El Imperio no murió con él, pero sí su espíritu, ya que a raíz de la muerte del gran Khan, el imperio mongol se fue resquebrajando en continuas disputas y revueltas que cada vez eran más difíciles de sofocar. El Imperio mongol desapareció en 1368, fruto de los continuos enfrentamientos entre familias y pueblos extranjeros.
Lo grandioso de la obra de Khan no solo fueron sus conquistas, sino el formar un Imperio partiendo de la nada, y bajo la creencia de que para los pueblos sólo puede haber un gobernador, que los hombres le deben pleitesía y que los enemigos deben ser ajusticiados. Khan se caracterizó por ser un enorme estratega, comparable a Napoleón, Aníbal o Cesar. Llegó a ser el líder, dueño y señor de toda la estepa rusa y pudo tener un ejército de innumerables hombres bajo su mando.
Sin duda uno de los personajes más fascinantes de la historia, designado desde pequeño a ser “el señor de la estepa”.
joana dark
La extensa historia del hombre siempre se ha visto provista de personajes emblemáticos o héroes que han trascendido el tiempo por sus valerosos actos y han logrado marcar un camino dentro de su contexto, logrando, en algunos casos, convertirse en símbolos de respeto y veneración. Un ejemplo de ello, es la singular Juana de Arco.
Conocida también como la Doncella de Orléans y nacida en Domrémy, un pequeño poblado situado en la localidad de Lorena, Francia, esta pequeña niña, que posiblemente no sabia ni leer ni escribir, lideró un ejército, otorgado por el rey Carlos VII (El Delfín) con el fin de expulsar a los ingleses, con sólo diecisiete años de edad.
Aunque parece totalmente irreal, Juana afirmó a los trece años de edad haber escuchado la voz de Dios o un ángel (posteriormente diría que fue Santa Catalina de Alejandría y de Santa Margarita de Antioquía), quien la incito a concurrir a la iglesia y que además le declaro que seria ella quien levantaría el asedio en que estaba sometida Orleans. Inesperadamente la Iglesia Católica y sus fieles le creyeron.
De esta manera, durante los años 1429 y 1430, Juana encabezo el sitio de Orleans, la batalla de Patay y otros enfrentamientos en los cuales triunfo, para el asombro de muchos, logrando, como consecuencia, que su pueblo natal fuera exento del impuesto anual a la corona y que Carlos VII fuera coronado. Al parecer el camino de la Doncella de Orléans se trazaba a la perfección y gracias a su intrepidez, Francia había alcanzado en poco tiempo lo que durante muchos años anhelo. Pero no toda historia posee un final feliz.
Luego de la campaña de La Charité, Juana decidió aislarse en el castillo de Sully mientras El Delfín acordaba una tregua con el Duque de la Borgoña por la ciudad de Compiègne. Lamentablemente el trato se trunco cuando el rey francés descubrió que el Duque paralelamente realizaba acuerdos con Inglaterra con lo cual decidió avanzar militarmente sobre Compiègne para tomarla nuevamente.
Y fue aquí donde después de muchas pruebas Juana es capturada, al igual que su hermano Pierre, por los borgoñeses para luego ser entregada a manos de los ingleses quienes la condenaron por herejía, entre otros cargos, y dictaminaron que sea quemada en Ruán.
Muchos años después, otros reyes lucharon por reabrir el caso a fin de que revisaran aquel juicio inquisitorial hasta que en 1456 Juana de Arco fue reconocida inocente, y además se declaró herejes a los jueces que la habían condenado. Su vida pasaría a la inmortalidad.
Durante el siglo XVI fue venerada por la Liga Católica y adoptada como símbolo cultural por los círculos patrióticos franceses desde el siglo XIX. En la actualidad es santa patrona de las guías en el movimiento del escultismo, fue una fuente de inspiración durante la primera y segunda guerra mundial para los aliados y además es tenida muy en cuenta por países como Irlanda, Canadá, Estados Unidos, entre otros
la historia de kahina la princesa bereber
El anfiteatro de El Djem (Túnez) es uno de los lugares más impresionantes que nos ha legado el pasado romano. Considerado como el coliseo de mayor tamaño de todo el continente africano, y el cuarto a nivel mundial, está asombrosamente bien conservado y nos permite transportarnos a épocas pasadas.
A menudo, y aunque mayoritariamente se le conoce como simplemente el Coliseo de El Djem, también se le llama Ksar de la Kahena, haciendo referencia a la princesa bereber llamada Kāhena, también al-Kāhina, (que significa “divinidad”, “profetisa” o “bruja”), que vivió durante el siglo VII.
Cuenta la leyenda que esta princesa consiguió unir a las tribus bereberes con un fin común: lograr impedir que los musulmanes invadieran sus tierras.
Al ser perseguida por sus enemigos, no le quedó más remedio que refugiarse junto con sus aliados en el anfiteatro. Los musulmanes no dudaron en sitiar el coliseo y esperar, ya que sabían que sin alimento la princesa y sus seguidores no serían capaces de resistir mucho tiempo. Sin embargo, nadie sabía muy bien cómo, cada día la princesa Kāhina aparecía con pescado para alimentarlos y, de este modo, consiguieron resistir la friolera de cuatro años.
Algunas teorías al respecto han esbozado que la hazaña tal vez fue posible gracias a la existencia de dos túneles subterráneos que unirían el anfiteatro con el Mar de Salatka y con Mahdia, aunque no se han encontrado restos de ninguno de ellos.
Existe también otra versión del mito que asegura que la princesa fue traicionada por su amante, quien no dudó en asesinarla apuñalándola y enviando su cabeza al jefe del ejército musulmán. De todos modos, fue ella la última que opuso resistencia a una invasión que, con la capitulación de la princesa y sus fieles, acabaría por conquistar todo el norte africano convirtiéndolo en árabe y musulmán.
la leyenda de robin hood
Robin Hood es una de las grandes figuras de la historia británica, a pesar de que se cuenta en muchas ocasiones que fue uno de los forajidos más célebres de Inglaterra. Pero, ¿conocéis realmente quién fue Robin Hood?, ¿fue un hombre real o un mito?.
La primera referencia que tenemos de Robin Hood, o Robyn Hode, como se le cita textualmente, está en la segunda versión de los Embarcaderos de Plowman, escrito en 1377. La balada de Lytell Geste de Robin Hood y su banda se cantaba ya durante el siglo XV.
El manuscrito Sloane del Museo Británico contiene un escrito anónimo con la vida de Robin Hood. De acuerdo con esta descripción, se cree que nació en Lockesley, en el condado de Nottinghamshire o Yorkshire, alrededor del año 1160. Lamentablemente, el lugar ya no existe, aunque sí hay un pueblo llamado Loxley en el condado de Staffordshire.
Varias regiones de Inglaterra reivindican el haber sido el lugar del nacimiento y las correrías de Robin Hood, siendo el más conocido Notthingham y su bosque de Sherwood. No obstante, al comienzo de varios relatos se le cita como Robin de Barnsdale, colocando a sus seguidores en los bosques alrededor de Pontefract, en Yorkshire, cerca de la bahía de Robin Hood.
Pero también hay un gran número de historias que abogan por la existencia real de Robin Hood. Una de ellas cuenta que fue un defensor de Simon de Montfort, y a su lado con sus rebeldes luchó contra Enrique III en la Batalla de los Barones de 1260. Otra tradición afirma que nació en Wakefield y tomó parte en la rebelión de Thomas Lancaster contra Eduardo II en 1322.
Sin embargo la historia más real puede ser la que nos ofrece el nombre de Robert Hood que aparece en un documento legal de 1226 y al que se le califica como fugitivo. No se sabe a ciencia cierta si este Robert Hood fue el que más tarde dio lugar a la leyenda de este personaje.
Hay una tradición en la que se cuenta que Robin Hood fue indultado por el rey de Inglaterra. El rey en cuestión no se sabe cuál fue, aunque se habla de Ricardo Corazón de León, aunque un escrito medieval lo cita con el nombre de Eduardo. Históricamente hablando, Eduardo II pudo ser el monarca que se esconde tras esta historia, ya que se sabe que fue en el 1323.
El romance entre Robin Hood y Maid Marian es en sí mismo una leyenda, aunque algunos de los escritos ni siquiera lo comentan, y quizás pudo ser establecido mucho más tarde para darle un cariz romántico a la figura legendaria del personaje.
Robin Hood se convirtió así en el héroe valiente de la fantasía popular. Algunos todavía hablan de que pudiera ser una especie de dios pagano. Se fundamentan en que Robin es un nombre común entre las hadas, y tal vez pudo ser incluso una representación de un antiguo dios de los bosques.
Poco nos importa en estas fechas si Robin Hood vivió en persona o no. Lo único que sí sabemos es que sigue muy vivo en la imaginación de las gentes y que su leyenda ha cruzado en multitud de ocasiones el gran charco de las generaciones y los siglos.
pegaso el cavallo alado de la mitologia grega
Allá donde pisaba Pegaso, el agua brotaba mágicamente de su huella…
Pegaso era un caballo blanco con alas, nacido del encuentro entre Poseidón, el dios griego del mar y de los caballos, y Medusa, una de las tres Gorgonas. Cuando Perseo, mitad dios por tener a Zeus como padre, acabó con su vida tras una lucha cruenta, Pegaso nació del cuello de la Gorgona, al igual que su hermano, el gigante Crisaor, y al salir batiendo sus alas se elevó, momento en que aprovechó Perseo y subiéndose a él, escapó de las otras dos Gorgonas. Así nació Pegaso.
Su nombre, Pegaso, o Pegasus, proviene de Pagé que significa en griego “manantial”. Este fabuloso caballo, indomable, que volaba moviendo las patas como si corriera sobre el mismo aire, poseía el poder de hacer surgir agua allí donde pisase y poseía, además, un carácter indomable que lo convirtió en reto para aquellos que ansiaban tenerlo bajo su mando. Como, por ejemplo, Belerofonte.
Belerofonte, héroe griego hijo del Rey Glauco de Corinto, vivía obsesionado con capturar a Pegaso hasta que una noche Atenea, diosa de la razón, regaló una solución al ansioso héroe para capturar al rebelde caballo alado: una brida de oro que le permitiría domarlo. Y funcionó, convirtiéndose así Pegaso en el compañero de las hazañas mitológicas que más tarde llegarían. Ahora bien, un día Belerofonte quiso más, quiso convertirse en dios y llegar montado sobre el corcel hasta el mismo monte Olimpo. Zeus ante tal osadía mandó a un pequeño insecto a que picara a Pegaso, (otros cuentan que fue un rayo lo que le envió). Este, al sentir la punzada, se revolvió de tal manera que el pretencioso héroe corintio cayó al suelo quedando lisiado de por vida. Así Pegaso consiguió escapar de él y alejarse batiendo sus alas.
Por fin Pegaso volvía a volar en libertad. Pero cierto día ocurrió que en el monte de nombre Helicón se celebraba un concurso de preciosas voces. Tan bellas eran que el monte se fue elevando hacia el cielo sin control ninguno. Ante esto Poseidón mandó a Pegaso a dar un coz a la montaña para parar su exorbitado crecimiento, orden que fue cumplida. Ahora bien, donde Pegaso golpeó nació una fuente, la Fuente Hipocrene, fuente consagrada a la inspiración que proporcionan las Musas.
Además, Zeus lo nombró portador del rayo y del trueno, símbolos máximos de su poder, y el encargado de conducir el carro de Aurora, que con su paso anuncia día, antes del amanecer, la llegada de su hermano Helios, que no es otro que el Sol. Con el paso del tiempo, Zeus lo convirtió en una constelación formada por cuatro magníficas estrellas brillantes en forma de cuadrilátero.
el mito de orfeu e euridice
Orfeo, hijo de Apolo (y nieto de Zeus) y de Calíope, musa de la poesía épica y de la elocuencia, poseía el don de la música y de la poesía.
Enamorado perdidamente de Eurídice, una ninfa de los valles de Tracia, la convierte felizmente en su esposa. Pero un nefasto día, tratando ella de huir de Aristeo, hijo de Apolo y que pretendía poseerla, pisó una serpiente venenosa y, mordida por ésta, murió.
La pena invadió entonces a Orfeo, y llorando desconsoladamente a las orillas del río Estrimón, entonó canciones tan tristes que todos los dioses y todas las ninfas le incitaron a descender al inframundo, donde, con la ayuda inestimable de su música, consiguió sortear mil y un peligros, conmoviendo a demonios y tormentos.
Una vez hubo llegado ante Hades y Perséfone, dioses regentes del Inframundo, utilizó de nuevo su música consiguiendo convencerlos de dar a Eurídice la oportunidad de regresar al mundo de los vivos. Pero pusieron una condición: Orfeo debía caminar siempre delante de ella y no mirarla hasta que ambos hubieran llegado arriba, y los rayos del sol hubieran bañado por completo a Eurídice.
El camino de regreso se hizo terriblemente largo. Orfeo se mantenía sus ojos al frente a pesar de las enormes ansias que le invadían de admirar a su amada. No se volvió ni aún cuando los peligros del Inframundo los acechaban.
Ya en la superficie, Orfeo, al borde de la desesperación, giró la cabeza creyendo que todo había pasado, pero Eurídice aún tenía un pie a la sombra y, en ese preciso instante, se desvaneció en el aire, ya sin posibilidad de volver de nuevo.
el mito de ares el dios de la guerra
Según cuenta la mitología griega, Ares era hijo de Zeus y Hera, por tanto dios e inmortal, y pronto se proclamó como dios de la guerra. A pesar de ser inmortal sí que sentía dolor, (sus gritos podían oírse desde el más alejado de los confines), y cuando se encontraba herido siempre buscaba el poder sanador de su padre, el gran Zeus. Sin embargo, éste lo despreciaba por su fanfarronería violenta y su sed de sangre.
Entre sus luchas a muerte, (en las que siempre se presentaba con su coraza, su escudo, su lanza, su espada y su casco), podemos citar la que concluyó con la muerte de Halirrotio, hijo de Poseidón, el cual había osado violar a Alcipe, hija de Ares, a manos de éste. Tras esta muerte se produjo el primer juicio de la historia por asesinato en el que Ares salió absuelto.
Compañeros de aventuras de Ares, (Marte para la mitología romana), fueron su hermana Eris, (también conocida como Éride, la Discordia), y sus vástagos Fobos y Deimos, (Terror y Temor, hijos nacidos de la diosa Afrodita). También Enio, la conocida como “Destructora de ciudades”, solía acompañarlo. Padre de las Amazonas, su residencia estaba establecida en Tracia.
Curiosa es la leyenda que cuenta que cierto día dos gigantes, que por cierto eran gemelos, llamados Oto y Efialtes, pretendieron hacerse con el control del Monte Olimpo y como primer paso, secuestraron a Ares y lo introdujeron encadenado en una vasija de bronce impidiéndole salir de ella durante trece largos meses. Para conseguir su liberación, la diosa Artemisa prometió yacer junto a Oto, pero entonces Efialtes se enfadó preso de la envidia y se enfrentó a su hermano. Aprovechando el momento de confusión, Artemisa se convirtió en cierva para escapar y pasó entre los dos… Los hermanos le lanzaron sus lanzas afiladas para cazarla y terminaron matándose el uno al otro.
En otra ocasión, mientras Ares copulaba con Afrodita, (con quien engendró también a Eros), el dios de la guerra encomendó al inexperto Alectrión la guarda y custodia de la puerta para que nada ni nadie entrase, pero he aquí que éste se durmió en la guardia y Helios, el dios Sol, se coló en la estancia. Desde entonces, Alectrión, al que Ares convirtió en gallo, canta cada mañana cuando el sol aparece por el horizonte.
Ares, dios Olímpico, no es recordado precisamente por sus hazañas, como se puede ver, sino más bien por su ansia eternamente insatisfecha de violencia y muerte y por lo mal parado, herido y humillado que solía terminar en las trifulcas en las que se metía.
el mito de prometeu
Cuenta la mitología griega que Prometeo, osado Titán al que gustaba provocar la ira de Zeus, llevó a éste a tal punto de cólera que terminó por quitar el fuego a los hombres. Esperaba así castigar indirectamente a Prometeo, el cual se consideraba benefactor de la humanidad.
Pero Prometeo, al que gustaba presumir de astuto, entró sigilosamente en el Olimpo, robó tan preciado tesoro del carro del dios Sol y, sin perder tiempo alguno, lo devolvió a los desamparados mortales.
Zeus, convencido de que debía castigar tanta burla, mandó llamar a Hefesto y le ordenó que creara una mujer hecha de arcilla. Una vez que estuvo terminada, le dió vida y la envió con Hermes, dios de los viajeros, ante Epimeteo, hermano de Prometeo. Esta mujer, llamada Pandora, y llevaba con ella una caja llena de terribles males que jamás debía de ser abierta. Prometeo intentó en vano que su hermano se alejara de cualquier cosa que proviniera de los dioses, pero Epimeteo se había enamorado perdidamente y quiso desposarla.
Pandora, que había sido creada con virtudes y también con grandes defectos, abrió la caja prohibida y los males se extendieron por el mundo. Ya Zeus había conseguido vengarse de los hombres.
En cuanto a Prometeo, lo mandó Zeus capturar para ser encadenado por Hefesto, dios del fuego y de los metales forjados, a un alta montaña donde, cada jornada, un águila hambrienta le devoraría el hígado. Como era inmortal, el órgano le crecía de nuevo, así que cada noche volvía tan cruel depredador a comérselo, con lo cual el sufrimiento era inimaginable y eterno.
He aquí que Heracles, que pasaba por allí rumbo al Jardín de las Hespérides, lo liberó derribando al águila con una poderosa flecha. Esta vez a Zeus le pudo más el orgullo por la hazaña de su hijo Heracles que el rencor que anidaba en su pecho, así que no persiguió más a Prometeo.
Eso sí, le obligó a llevar, durante toda la eternidad, un anillo en el que se erigía un trozo de la roca a la que tan terriblemente estuvo encadenado.
el mito del minotauro
Los hijos del Rey Minos, uno de los descendientes de Europa y Zeus, fueron, (según cuenta la mitología), Ariadna, Fedra, Glauco, Catreo y Androgeo. Era precisamente este último el favorito del monarca puesto que era un joven atleta capaz de vencer a cualquier rival que se le opusiera. Así pues, de entre los hijos que tuvo junto a Pasifae, Androgeo era su predilecto.
Pero la desgracia llegó a la corte del Rey Minos cuando, tras unos importantes juegos en honor a la diosa Atenea, diosa de la sabiduría, Andrógeno, que resultó vencedor, cayó muerto bajo la ira del pueblo de Atenas que no pudo soportar su victoria, (otra versión cuenta que murió bajo la fiereza del Toro de Maratón). Cuando Minos se enteró de esta terrible noticia, la furia y el dolor se apoderaron de él y juró vengarse de todo ateniense que hubiera sobre la faz de la Tierra. Y lo primero que ordenó a su ejército fue partir hacia la ciudad y ponerla bajo su control a cualquier precio. Y así fue…
Posteriormente, y en uso de su nuevo poder, estableció una serie de terribles leyes para Atenas, entre las cuales destacaba por su crueldad la de que anualmente, y por un periodo de nueve años, siete jóvenes varones y siete jóvenes doncellas debían ser enviadas hasta Creta para ser introducidas en el laberinto situado en Knossos del que resultaba imposible salir y en el cual eran ofrecidos para morir devorados por un ser que era mitad humano y mitad toro, temible Minotauro, nacido de la unión entre Pasifae y un toro blanco, (esta vez Zeus también tuvo algo que ver, pero ya no era él transformado en bestia como cuando raptó a Europa).
Pero ocurrió que, transcurridos tres años, el joven Teseo, que era hijo del por entonces Rey de Atenas Egeo, sintió que debía de hacer algo al respecto y que tenía que poner fin a tanta crueldad sobre su pueblo. Entonces se ofreció voluntario para entrar en el laberinto, esperando así darle muerte y liberar a cualquier ateniense que se encontrase aún en su interior. Cuenta la leyenda que incluso el propio Minos intentó convencerlo habida cuenta de que pertenecía a la nobleza, pero finalmente tuvo que ceder.
Ariadna, hija de Minos, impresionada por el porte y el valor de Teseo, se propuso ayudarlo. Aprovechando un momento en que se encontraban a salvo de ojos y oídos ajenos, la joven puso en la mano del aguerrido príncipe un ovillo de hilo de oro y un puñal y, pidiéndolo que llevara ambos objetos ocultos bajo sus ropajes, le rogó que los utilizara y que confiara en ella.
Y así lo hizo Teseo. Entró en el laberinto y caminó despacio mientras con cuidado desenrollaba el hilo que le había entregado la bella Ariadna, y que se encontraba sosteniéndolo desde el exterior. Cuando se encontró ante el Minotauro se enfrentó a semejante bestia valerosamente, y, empuñando el arma que llevaba escondida, consiguió darle muerte. Luego no tuvo sino que enrollar de nuevo el hilo y desandar lo que llevaba caminado. Después de liberar a los atenienses que aún quedaban con vida dentro del laberinto, salió de él como vencedor.
Ya sólo le quedaba regresar a Atenas. Y debía hacerlo, ya que había vencido, desplegando las velas blancas de su embarcación, tal y cómo le había pedido Egeo, su padre…
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